terça-feira, 1 de setembro de 2009

João Viegas, candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Setúbal:

“Feira de volta à avenida e videovigilância na baixa comercial”

O regresso da Feira de Sant’Iago à avenida Luísa Todi e a instalação do sistema de videovigilância na baixa comercial como ajuda à segurança de comerciantes e população, são promessas deixadas pelo cabeça-de-lista do CDS-PP à Câmara de Setúbal, cujo objectivo é “entrar na vereação.”

«O Setubalense» - Foi o último candidato à Câmara a ser apresentado. A que se deveu o atraso, sendo certo que se falava numa possível aliança com o PSD?

João Viegas – Atraso só se for em termos públicos, porque a nível interno o CDS tem vindo a preparar este conjunto de três actos eleitorais. E há uma circunstância que se mantém actual: continuamos a defender certas causas desde há anos. Esta é uma candidatura de continuidade.

«O Set.» - Há oito anos, o CDS concorreu coligado com o PSD e, há quatro, avançou com Nuno Magalhães, mas os resultados não permitiram eleger nenhum vereador. Realisticamente, qual é o seu objectivo?

J.V. – Muitas das propostas que apresentámos nessas campanhas continuam actuais. O nosso principal objectivo é eleger membros a todos os órgãos autárquicos. Pela minha parte, tenho o claro objectivo de ser eleito vereador.

“Agora, sem Negrão na corrida, o CDS-PP não perderá tantos votos”

«O Set.» - Entende que o CDS depara-se agora com uma conjuntura política mais favorável?

J.V. – Sim, acho. Há quatro anos, aconteceu a candidatura de Fernando Negrão, que mobilizou a direita, e os eleitores viram neste candidato uma forte possibilidade de vitória, sendo que uma fatia do nosso eleitorado optou pelo voto útil em Negrão. Desta feita, o panorama é bem diferente. Temos condições para entrar na vereação camarária.

«O Set.» - O presidente Paulo Portas e o setubalense Abel Pedroso são seus mandatários. Certamente, um orgulho para si…

J.V. – Indiscutivelmente que sim. O Abel Pedroso é mandatário jurídico e uma voz importante a nível nacional. Com larga experiência na Assembleia Municipal, é uma pessoa muito experiente e um militante sempre disponível. Por outro lado, muito nos honra que o presidente do partido tenha aceite ser mandatário político, até porque o Dr. Paulo Portas tem intervido fortemente nesta cidade, também devido aos problemas locais serem extensíveis ao país. Para além do mais, é a presença de uma figura nacional no terreno.

«O Set.» - E o deputado Nuno Magalhães é o candidato à Assembleia Municipal…

J.V. – É mais uma prova de que o CDS pensa e actua de forma diferente, sempre a pensar no povo. Ele comprometeu-se a assumir o cargo caso seja eleito, contrariamente ao que tem acontecido noutras eleições e com outras forças partidárias.

«O Set.» - Por que razão não se vê campanha do CDS nas ruas?

J.V. – Vai surgir, contudo o nosso partido tem um orçamento para a campanha substancialmente menor de outros partidos. E digo-o com orgulho, porque até considero ser ofensivo tanto investimento em campanha eleitoral. A nossa, passará muito pela abordagem com as pessoas, na rua.

“Defendemos a implementação do sistema de videovigilância na baixa”

«O Set.» - Quais os seus trunfos a apresentar ao eleitorado?

J.V. – É urgente resolver a insegurança, que conhece particular incidência em Setúbal. Defendemos a aplicação da videovigilância no centro da cidade, acompanhada de reforço policial. É um sistema fundamental para dar mais confiança a comerciantes e população. Outras propostas, que entroncam naquela, são a dinamização da baixa comercial, preservação do histórico, e a definitiva aposta no sector turístico. Por outro lado, quem tem um rio e uma serra assim, só tem de saber retirar o melhor proveito, e Setúbal não tem sido suficientemente inteligente a esse nível. Ou seja, não apresentamos projectos megalómanos. Há muita coisa a fazer e a melhorar com os espaços e infra-estruturas já existentes.

«O Set.» - O tema da insegurança tem sido muito caro ao líder do seu partido. O que advoga nesta matéria?

J.V. - O CDS apresentou na Assembleia da República um projecto-lei, que foi aprovado, e que permite ás autarquias implementar o sistema de videovigilância. Neste momento, existe a disponibilidade dessa ferramenta que, repito, é de grande utilidade para devolver mais segurança a comerciantes e população na baixa da nossa cidade.

«O Set.» - Como avalia os seus adversários nesta corrida à Câmara de Setúbal?

J.V. – A CDU já leva 8 anos de governação e verifica-se que os grandes problemas continuam por resolver. Setúbal não pode continuar a adiar o futuro e, com Maria das Dores, é isso que acontece. O PS lançou uma candidatura que quer fazer crer que não tem nada a ver com o passado-recente da cidade. Ora, Teresa Almeida teve enormes responsabilidades na autarquia a nível Urbanístico. Como independente, Jorge Santana pretende passar a imagem de um candidato afastado da vida política, mas nunca se poderá afastar da força partidária que está por detrás. Albérico Afonso, pelo Bloco de Esquerda, vai focando aspectos da vida e da sociedade, para os quais não apresenta depois soluções concretas.

«O Set.» - Que observação e comentário faz do programa Polis?

J.V. – A intervenção na avenida Todi claramente não resolveu a questão da circulação e estacionamento. Mais: foi uma obra que afastou as pessoas da vida do centro da cidade. O estacionamento foi reduzido e por cumprir está o tão falado silo-auto. Os semáforos estão por inaugurar, mas não acredito que vão beneficiar a circulação do trânsito. De resto, o embelezamento na avenida é uma realidade, porque foi requalificada e beneficiou de novos espaços verdes.

“Comigo, a Feira regressará à Avenida Luísa Todi”

«O Set.» - Como candidato, é apologista do regresso da Feira de Sant’Iago à avenida Luísa Todi?

J.V. – Entendo que, apesar de tudo, há condições para que a nossa Feira volte à Avenida. Por isso, o CDS assume-se claramente a favor desse regresso, até porque noutras cidades um evento desta dimensão acontece precisamente nos centros urbanos. Obviamente que, face às alterações introduzidas pelo Polis, teriam de haver reajustes, com alargamento à zona ribeirinha, mas claramente a favor do regresso da Feira à baixa. Os benefícios serão superiores aos prejuízos. E bastará ouvir os feirantes, os empresários da restauração, e a própria população.

«O Set.» - E qual é sua posição face à urbanização ‘Nova Setúbal’ e mudança do estádio do Vitória?

J.V. – Creio que nesta altura já não adianta muito discutir essa situação, porquanto estamos numa fase já sem retrocesso. O que acho é que, numa fase anterior, teria sido possível encontrar uma solução para manter o estádio, mas tal como as coisas estão, será certamente muito difícil recuar o processo. Também nesta matéria, entendo que não se pode, nem deve, continuar a adiantar o futuro.

Teodoro João

Fonte: www.setubalense.pt

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