terça-feira, 1 de setembro de 2009

João Viegas quer que Setúbal seja “capital portuguesa do mar”

João Viegas, candidato pelo CDS-PP a Setúbal, revelou, durante a entrevista ao “Setúbal na Rede”, que pretende candidatar a cidade a “capital portuguesa do mar”. Na sua opinião, esta é uma forma de Setúbal “aproveitar aquilo que de melhor tem”, algo que não tem sabido fazer. “Não basta ter uma das mais belas baías do mundo, há que aproveitar e tirar benefícios disso”, conclui.

O candidato centrista dá o exemplo de uma possível marina, que “já se discute há bastante tempo” e que o facto de ainda não ter sido criada tem sido “uma oportunidade perdida”. Além disso, aponta o largo José Afonso, realçando que o investimento feito no auditório teria sido “mais importante” se aplicado na marina, para captar “outro tipo de turistas”. João Viegas considera que é ainda necessário “trazer os benefícios do investimento no turismo feito em Tróia”, que acredita que vai “aumentar significativamente” nos próximos dois anos.

João Viegas dá o exemplo da Feira de Sant’iago para ilustrar esta situação, criticando a sua deslocalização. “Se um turista, em Tróia, for à varanda e vir a feira, vem até cá, mas com ela nas Manteigadas isso não acontece”, exemplifica. Por isso, defende o regresso da feira à placa central da avenida Luísa Todi, referindo que “outras festas semelhantes ocorrem no centro das cidades”. Além disso, considera que os novos arranjos ajardinados da avenida, resultantes das obras do projecto Polis, não são impeditivos.

Em relação ao Polis, João Viegas considera-o “mais uma oportunidade perdida”, uma vez que “não aproxima as pessoas da baixa nem da zona ribeirinha”, que está “carente” de equipamentos. Além disso, critica a falta de estacionamento, que traz “mais dificuldades” no acesso ao centro da cidade, a ciclovia, que “não se sabe de onde vem ou para onde vai”, ou o auditório José Afonso, para o qual “não se percebe a utilidade”. Apenas o parque urbano de Albarquel é visto pelo centrista como uma “obra bem conseguida”, que prova que são necessários “mais equipamentos para usufruir do rio e da serra”.

João Viegas lamenta ainda o facto de haver “muito património abandonado” em Setúbal, considerando que a câmara deve “accionar os mecanismos legais para recuperar rapidamente” o centro histórico e os bairros tradicionais, como o Tróino, a Fontenova ou as Fontaínhas, onde encontra “focos de insegurança preocupantes”. No entanto, reconhece que “é mais fácil identificar a Bela Vista, até mesmo no exterior”, quando se fala do problema da insegurança, apesar de este bairro “não ser certamente o pior do país”.

Na sua opinião, os problemas dessas zonas “não foram acautelados a seu devido tempo” e acabaram por ser “acentuados” devido ao desemprego e à instabilidade. Setúbal tem assim “sintomas preocupantes” nesta área, como a existência de grupos organizados, que é “urgente rectificar”. Para isso, João Viegas defende uma “aposta na videovigilância”, uma ferramenta “essencial” para o centro histórico poder voltar a ser frequentado. A videovigilância, aliada ao “aumento de efectivos”, ajuda e transmite confiança, até porque resulta em outros espaços, como nos bancos. Além disso, é uma solução com “encargos menos significativos” que a criação de polícia municipal, justifica.


Pedro Soares - 01-09-2009 00:14

Fonte: www.setubalnarede.pt

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